1. PODER, GÊNERO E MORTE NA LITERATURA [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof.ª Drª. Lucélia Almeida (UFMA)
Prof.ª Dr.ª Elen Karla Sousa (UEMA)
Prof. Me. Gil Derlan Almeida (IFMA)

RESUMO: O simpósio recebe trabalhos com base teórica de estudiosos como Minois, Durkheim, Byung-Chul Han e Philippe Ariès, que tratam da relação entre o ser humano e a morte. Nesse sentido, uma busca temática reflete como essa relação é representada na literatura, revelando manifestações de poder nas construções sociais e culturais que envolvem o assunto. Os estudos também incluem a relação entre morte e gênero, abordando a morte em seus variados aspectos (tipologias de morte) e as atitudes diante dela, como luto e melancolia, entre outras. As reflexões se concentram na compreensão de como esses temas se entrelaçam e moldam as narrativas literárias, como em obras como "Madame Bovary", "As Virgens Suicidas", "Os Sofrimentos do Jovem Werther", "A morte de Artemio Cruz", " Antígona", "Hamlet".

2. GÊNERO, DISSIDÊNCIAS SEXUAIS E RESISTÊNCIA [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof. Dr. Rubenil da Silva Oliveira (UFMA)
Prof.ª. Dr.ª Érica Fernandes Alves (UEM)
Prof.ª Dr.ª Renata Cristina Cunha (IFPI/UESPI)

RESUMO: A literatura, desempenhando seu papel mais simplista e conhecido pelos sujeitos, nos oferece deleite e distração. Entretanto, não se restringe a essa incumbência. De forma abrangente, ela exerce a função de estabelecer uma conexão crítica com o seu leitor, isto é, além do deleite, fomenta o despertar da consciência para assuntos antes invisibilizados ou sequer imaginados como as dissidências sexuais e as relações de gênero. Até pouco tempo, não se concebia que um sujeito negro ou indígena tivesse a capacidade necessária para escrever literatura; assuntos considerados tabus, como por exemplo, a diversidade sexual e o feminismo, também eram relegados a um segundo plano, dado que ao público que acessava a literatura tais assuntos não eram relevantes ou não se queria admitir que esses sujeitos fossem passíveis de representação na cena literária. O que se observa atualmente, no entanto, é um resgate da escrita das maiorias minorizadas e de assuntos que lhes dizem respeito. Diversos são os autores e autoras que se dedicam a desmistificar a incapacidade de se criar literatura a partir das margens. Conceição Evaristo, por exemplo, dá voz e vez aos sujeitos negros que estão relegados às periferias das cidades, à mulheres que têm seus corpos perpetrados pela violência urbana e de gênero; Vitor Martins, Vinícius Grossos e outros incorporam a juventude LGBTQIAP+, tematizando as aflições que muitos adolescentes sentem em relação às questões de gênero; Julie Dorrico, por sua vez, insere o/a indígena no cenário literário como autor(a) e protagonista de sua própria história. Esses e tantos outros autores concorrem para uma produção literária que assume e aceita a diversidade étnica e de gênero como instâncias de resistência aos preconceitos existentes não só na sociedade, mas como também, nas editoras que se recusam(ram) a publicar suas obras. Em busca do reconhecimento da existência de uma literatura advinda de grupos ditos minoritários, esses autores empreendem em suas tecituras as mais diversas experiências que negros, indígenas, mulheres, imigrantes e a comunidade LGBTQIAP+ vivenciam em seu dia-a-dia. Considerando esse panorama, este grupo temático visa a abranger discussões acerca da literatura das maiorias minorizadas e suas respectivas temáticas. Trabalhos que abordem questões referentes à diversidade sexual e étnica, às migrações e seus desdobramentos, às mulheres e a outros sujeitos ignorados pela sociedade serão aceitos. As pesquisas podem abarcar os diversos gêneros literários, inclusive a literatura infantil e juvenil, e suas conexões com outras artes.

3. FORMAS E POÉTICAS DO CONTEMPORÂNEO - A DEMOCRACIA DA ARTE [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof. Dr. Ricardo Nonato Almeida de Abreu Silva (UFMA)
Prof. Dr. Antonio Ailton Santos Silva (UEMA)
Ma. Thais Rabelo de Sousa (PPGL/UFPE)

RESUMO: Já contam vinte anos que se adentrou um novo século e a incerteza quanto ao futuro continua a reverberar na arte. Enquanto uma resposta contundente à indiferença, a palavra democracia nunca foi tão alardeada, bem como uma série de práticas e intervenções configuram uma nova “paisagem artística” (RANCIERE, 2009), o que compreendemos na esteiradas considerações de Reinaldo Ladaga (2006) como uma “estética da emergência”. Assim, este simpósio agrega trabalhos que mobilizam aspectos teóricos da poesia e da ficção contemporâneas retomando alguns temas como as representações de memória, do retorno do eu, como nas autoficções, romances-diário, das identidades e hibridismos em constante mutação daquilo que ficou culturalmente cristalizado.

4. A LITERATURA E A HIPERMODERNIDADE: IMAGEM, SOBRENATURAL E HAICAI [ON-LINE]

Prof. Dr. Cácio José Ferreira (UFAM)
Prof. Dr. Norival Bottos Júnior (UFAM)

RESUMO: No mundo contemporâneo, as imagens fragmentadas cristalizam na topologia do ver e ser visto, e, nesse espelho reflexo, o paradigma ressoa para aquilo que nos observa, o que se vê e o que não é para ser visto. Nesse caminho, fazer uma ontologia da imagem, deveria definir o domínio dela por meio do questionamento do espaço onde a força imagética se concretiza. Aby Warburg e Walter Benjamin, por exemplo, acreditam que é a cristalização da imagem que ocorre o centro das reflexões sobre a história e a política. Nesse sentido, a imagem é o centro que move a engrenagem histórica, exarando seu caráter interdisciplinar. Não se pode refletir sobre a literatura sem pensar a relação com as imagens que a circundam, cindem e a penetram mais do que qualquer outra coisa. O lugar em que a imagem cinde com a palavra emana um efeito de verdade definindo o limite da representação no mundo contemporâneo. Pode-se afirmar que o objeto não é mais representável, a estrutura e a operação sugerem novo paradigma para a história da arte, não mais representacional, mas antes, uma nova forma de estabelecer as relações entre estética e política, que podem ser observadas nos mais variados temas da literatura contemporânea, tais como: hipermodernidade, o sobrenatural e o haicai (a potente e singela construção poética japonesa em ressonâncias imagéticas). Assim, conceitos e lugares específicos permitem que imagem entremeia como gradação de sentido, denúncia ou ressonância poética. O instante poético em forma imagética do haicai, por exemplo, “transforma-se e converte-se na anotação rápida – verdadeira recriação – de um momento privilegiado: exclamação poética, caligrafia, pintura e meditação, tudo junto” (PAZ, 1995, p. 40). A função do haicai de Matsuo Bashô ou de um haicaísta brasileiro não perpassa por uma construção crítica, mas a imagem que ressoa do poemeto capta a força do conjunto de versos amplificados em construções imagéticas que podem conter uma denúncia ou um fato histórico. Na mesma vertente, a hipermodernidade, a vida sem ornamentos, o labirinto do sobrenatural, já testado, em 1818, por Mary Shelley, em Frankenstein, ou por Oscar Wilde, em 1890, em O retrato de Dorian Gray, contribuíram para as formas contemporâneas do do sobrenatural nos contos, romances, histórias em quadrinhos, mangás e nas Graphic Novels. A unidade das características na obra atual se deixa entrever nos interstícios plásticos do pensamento e nas ramificações híbridas de tempos que ressoam como uma nova intensidade imagética e extemporânea. Diante desse cenário, o presente simpósio tem como objetivo reunir trabalhos e pesquisas que abordem questões relacionadas ao estudo das relações entre imagens, hipermodernidade, o sobrenatural e poesia na contemporaneidade, tais como: o individualismo, o processo de personalização, o tempo presente como apocalipse latente gerador de um sobrenatural, a política das sobrevivências, o vazio da vida nua, a poética do haicai como efeito imagético que tece a paisagem em camadas sobrepostas. Portanto, o importante em uma pesquisa sobre a imagem, não é o seu caráter universal, mas o particular, questionar, por exemplo, qual o valor de uso e qual a sua dimensão ética, o lugar em uma reflexão literária. As discussões propostas para o simpósio podem trazer à baila novas substâncias do real no campo da representação artística na ordem do irrepresentável e na experiência traumática da hipermodernidade, na ressonância do haicai, no sobrenatural que perpassa entre a imagem, a palavra e o saber popular, como força imagética que produz nova substância impressionista. Enfim, pensar nas particularidades das inter-relações fronteiriças entre as teorias estéticas da hipermodernidade aliadas ao conceito de sobrevivência das imagens, como por exemplo, apresentados por Georges Didi-Huberman e Giorgio Agamben.

5. SIMPÓSIO DE LITERATURA E VISUALIDADE [ON-LINE]

Prof. Dr. Fábio José Santos de Oliveira (UFS/PPGLB-UFMA)
Prof. Dr. Franco Baptista Sandanello (AFA/ UFSCar/ PPGLB-UFMA)

RESUMO: Os estudos tradicionais sobre a relação entre a Literatura e as artes da visualidade geralmente põem em movimento um campo terminológico movido pelo ut pictura poesis (“a poesia é como uma pintura”) divulgado pelo Renascimento a partir de Horácio (65 a.C-8 a.C.), pela ekphrasis retórica ou pelo pictorialismo imagético. Praticamente todos esses estudos têm como foco de pesquisa a relação entre o texto literário e as artes plásticas. Ocorre que, atualmente, o pesquisador que lida sobre o domínio interartes no campo da visualidade tem diante de si um amplo espectro de possibilidades epistemológicas e hermenêuticas, mesmo em se tratando de objetos que alguns considerariam tradicionais e ultrapassados. Levando em conta essa importância que os estudos interartes têm apresentado ao longo da história e ainda apresentam na contemporaneidade, o simpósio de “Literatura e Visualidade” pretende acolher estudos teóricos e/ou crítico-analíticos sobre a relação entre Literatura e alguns meios plástico-visuais (pintura, gravura, xilogravura, desenho, fotografia, gravura e arquitetura), quer seja através das tradicionais discussões estético-semióticas, quer seja através de discussões das obras como produtos culturais. Ressalta-se que o Simpósio avaliará apenas as propostas em que conste, no mínimo e efetivamente, uma obra literária, consagrada ou não pela crítica.

6. CORPOREIDADE E RESISTÊNCIA NAS LITERATURAS AFRICANAS, AFRODESCENDENTES E INDÍGENAS E O ENSINO BRASILEIRO [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof.ª Dr.ª Regilane Barbosa Maceno (SEMECTI/UEMA)
Me. Francisca Jandira Machado Neves (SEMECTI)
Francinaldo Pereira da Silva

RESUMO: O corpo, como primeira forma de visibilidade humana, desperta interesses, teorias e interpretações em diferentes áreas do conhecimento. Da medicina às artes, da biologia à cultura, multiplicam-se explicações quanto aos seus aspectos anatômicos, étnicos e estéticos. É a fronteira física que possibilita que o indivíduo se reconheça como sujeito de existência, um eu particularizado que se relaciona no contato com o outro. Contudo, para além de seu caráter biológico, o corpo humano sofre interferências ideológicas, culturais, religiosas, políticas, assim como de gênero, raça e classe, entre outras. Como assevera Carmem Soares (2006, p.3), o corpo “invade lugares”, exige compreensão, determina funcionamentos sociais, mas também sofre “determinações pedagógicas e disciplinamentos”. Quando o corpo é o corpo que não se enquadra nos padrões que centralizam e dominam a sociedade, um corpo dissidente, caso do corpo negro e indígena, por exemplo, essas interferências são ainda maiores e perceptíveis pelo caráter da subjugação, da subalternidade que se imbricam historicamente na percepção desses povos. Esta proposta de simpósio, portanto, tem como objetivo provocar e estimular a reflexão sobre o lugar social dos corpos negros e indígenas (de mulheres e homens), seus estigmas e como estes corpos estão enfrentando e criando resistências para lidarem com preconceito institucionalizado estruturalmente em nossa sociedade. Para tanto, busca estender essas reflexões também ao papel das literaturas africanas, afrodescendentes e indígenas, “um território contestado” das representações, nos termos de Dalcastagnè (2012), como lugares que entende o corpo dissidente como uma forma de estar no mundo também. Deste modo, acolhe-se, trabalhos que apresentem discussões sobre representações da corporalidade e resistência nas literaturas africanas, afrodescendentes e indígenas.

7. LITERATURA DE TESTEMUNHO: MEMÓRIA, TRAUMA E RESISTÊNCIA [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof. Dr. Abílio Pacheco de Souza (UNIFESSPA)
Prof. Dr. César Alessandro Sagrillo Figueiredo (UFNT)
Prof.ª Deurilene Sousa Silva (UFPA)

RESUMO: A presente proposta de grupo de trabalho almeja reunir comunicações que dialoguem com diferentes perspectivas dos estudos envolvendo a interface entre a literatura, a história e a memória a partir do aporte testemunhal (SELIGMANN-SILVA, 2013). Convidamos a refletir a respeito da importância dessa articulação teórica, inclusive na contemporaneidade, na medida em que percebemos a humanidade passar por mais uma das tantas vira das históricas, provocada por pandemias, caos na saúde pública, acrescidas de uma crise econômica e política e, recentemente, o genocídio contra povos tradicionais, ou seja, constatando que vivenciamos mais uma vez traumas sociais coletivos. Nesse sentido, a literatura não é indiferente a seu tempo e sinaliza, sobretudo, o modo como escritores tentam responder às experiências do acontecimento da sua história. O GT visa congregar uma série de discussões em torno das produções artísticas e literárias com teor testemunhal, por exemplo, memorialísticas, jornalístico, biográficas e arquivos (tanto público quanto privado), privilegiando sobremaneira as narrativas que abordem um diálogo consistente da história e da memória. Nesse sentido, as proposições almejadas para este simpósio objetivam contemplar os reflexos das convergências dessa literatura, podendo abarcar diferentes lócus e espaços, podendo analisar a produção europeia ou mirar com olhar detido a produção latino-americana decolonial.

8. A LITERATURA E OS CORPOS TRANSGRESSORES: O PODER DO (RE)EXISTIR [ON-LINE]

Prof.ª Dr.ª Elijames Moraes (UEMA)

RESUMO: Propomos este simpósio como espaço para abrigar reflexões sobre o corpo e suas manifestações na literatura. Nesse sentido, espera-se que as problematizações das relações entre corpo, transgressão e poder sejam desdobradas em torno das teorias literárias, estéticas e filosóficas como as de G. Bataille, G. Agamben, M. Foucault, W. Benjamin e outros críticos que dialogam com o objeto literário. Logo é oportuno lembrar sobre os corpos que, de algum modo, rompem os padrões estabelecidos pela sociedade, pelo patriarcado, por doutrinas que visam estruturar comportamentos. Por fim, serão aceitos estudos que, tragam o texto literário para o debate (ou questões teóricas sobre poesia ou prosa) em seus objetos de análise, estejam articulados à uma discussão acerca do corpo que (re)existe em suas mais variadas perspectivas.

9. FICÇAO ESPECULATIVA E SOCIEDADE EM FOCO: FICÇÃO CIENTIFICA, FANTÁSTICO E FANTASIA [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof.ª Dr.ª Naiara Sales Araújo Santos (UFMA)
Prof.ª M.ª Thalita Ruth Sousa (UEMA)

RESUMO: O presente simpósio objetiva promover reflexões sobre narrativas associadas à Ficção Científica, à Fantasia e ao Fantástico em domínios como a literatura, o anime, quadrinhos, filmes e séries, entre outros. Abrangemos, ainda, trabalhos que abordem enredos policiais e feministas, buscando discussões interdisciplinares sócio-históricas e identitárias. As singularidades dos enredos científicos, fantásticos e fantasiosos, principalmente no que tange à verossimilhança com o mundo sensível, não eram vistas como lentes sólidas para sondar a natureza das relações em sociedade e suas particularidades. Contudo, tais produções ficcionais permitem reflexões não só sobre aspectos importantes do constructo social que tem conduzido a pós-modernidade, mas também às formações ideológicas que habitam o imaginário humano. Isto se dá por meio da análise tanto da composição de figurações e cenários que constituem suas estéticas, quanto das analogias extralinguísticas que advém de fatores históricos e culturais espelhados nas narrativas. Propomos, assim, um espaço para diálogos que expandam a fortuna crítica de gêneros antes vistos como pertencentes somente aos domínios do mercado do entretenimento, visando aproximá-los do olhar academicista e reconhecer suas contribuições para o enriquecimento do âmbito da narrativa em geral.

10. INTERSECCIONALIDADES, LITERATURA E HISTÓRIA [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof.ª. Dr.ª Poliana dos Santos
Prof. Dr. Wheriston Silva Neris

RESUMO: O simpósio temático pretende reunir pesquisas que abordem como as categorias de nação, raça, gênero, classe e sexualidade moldam o pensamento social e a práxis literária de escritores. Assim, visando estimular o uso da interseccionalidade como ferramenta analítica (COLLINS; BILGE, 2021), e animados pelo desejo de colocar em diálogo abordagens literárias, historiográficas e sociológicas, pretendemos reunir pesquisadores interessados em discutir sobre as formas pelas quais as diferenças, as hierarquias e a desigualdades são representadas em obras ficcionais. A questão racial, a pobreza, a divisão social de gênero, a escravidão, a imagem da sexualidade feminina, as teorias raciais, entre outros, são temas que despertam imediatamente nosso interesse visto que delineiam, a um só tempo, modos de representação histórica do Brasil e do Maranhão e formas de exercício do poder em nossa cultura.

11. FICÇÃO CIENTÍFICA E HORROR: NA LITERATURA E OUTRAS ARTES [ON-LINE] - ESGOTADO

Ma. Jucélia de Oliveira Martins (UFG/UFCAT)
Me. José Antonio Moraes Costa (SEDUC)

RESUMO: Durante muitos anos, os produtos ficcionais categorizados dentro do gênero ficção científica (FC) ou da categoria estética do horror foram consideradas produções kitsch. Havia o entendimento de que uma obra somente adquire valor artístico se academicamente validada. Tal pensamento perdurou por bastante tempo (e ainda existe em alguns círculos), sendo o responsável pelo surgimento de estereótipos atrelados a FC e seus subgêneros e ao Horror e suas modalidades. Todavia, no fim da década de 50, o movimento favorável ao reconhecimento da arte pop (popular) ressignificou esses gêneros ao indissociar vida e arte; ao valorizar as múltiplas expressões artísticas que conciliem cultura de massa, tecnologia e imaginário social. Hoje em dia, existem criações que são vistas (e/ou premiadas) como verdadeiras obras-primas de FC e horror nas artes. Por exemplo, no cinema pode-se destacar filmes como: Alien, o oitavo passageiro, O iluminado, 2001: uma odisseia no espaço e Blade runner: o caçador de androides; na literatura: O Chamado de Cthulhu, It – A coisa, Duna, Neuromancer e Eu, robô; nos jogos eletrônicos: The Last of Us 2, The Witcher 3: Wild Hunt e Outlast; nos quadrinhos: Sin City, Juiz Dredd e Sandman; e na TV aponta-se as séries: Round 6, Ruptura, Stranger things e Dark. O presente simpósio receberá trabalhos que analisem obras ficcionais enquadradas como ficção científica ou horror. A FC aborda as respostas da humanidade diante das mudanças sociais ocasionadas pelos avanços tecnológicos, enquanto o horror reflete sobre o medo e o encontro com o Outro.

13. GÊNERO, RAÇA E CLASSE NA ANÁLISE DO DISCURSO [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof.ª Dr.ª Glória França (UFMA)
Prof.ª Dr.ª TyaraVeriato Chaves (UFMA)

RESUMO: Partindo da compreensão de que as múltiplas dimensões do gênero, da raça e da classe são determinações históricas que participam do processo de interpelação do sujeito (Zoppi-Fontana; Ferrari, 2017), interessamo-nos pelos desafios teóricos e analíticos que tais determinações provocam em pesquisadorxs que atuam no campo do Discurso. Assim, na complexidade dos objetos que envolvem as dimensões do gênero, da raça e da classe, em sua intersecção paradoxal, moram processos históricos vastos e contraditórios: desde a questão epistemológica das relações entre o campo discursivo, o decolonial e o interseccional, até movimentos que envolvem o funcionamento da memória e suas torções em violências e resistências, processos de identificação e abjeção, sentidos e equívocos. Neste simpósio, desejamos reunir pesquisas que se situam no campo da Análise do Discurso, tomando o sentido no relançar das disputas (Pêcheux, 1983), e cuja diversidade dos trabalhos toquem no político dessas dimensões, abarcando temáticas tais como: a questão do corpo em meio às dinâmicas normativas e suas transgressões, a circulação de discursos gendrados e racializados no espaço digital, as diversas práticas de denúncia e militância institucionalizadas e cotidianas, a dimensão artística, estética, ativista e cultural em que gênero, raça e classe se cruzam, os embates e debates em torno do uso da linguagem “neutra”, dentre tantas outras materialidades discursivas implicadas em processos históricos.

14. ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS: TEORIAS, METODOLOGIAS E APLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO BÁSICA [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof. Dr. Paulo da Silva Lima (UFMA)
Prof. Me. Ivan Vale de Sousa

RESUMO: Desde a década de 1990, na área dos Estudos da Linguagem, houve no Brasil um crescente interesse por parte de pesquisadores em investigar os gêneros discursivos. Atualmente, há diversas teorias de gêneros, inúmeras apropriações e muitas aplicação dessas teorias por parte de pesquisadores teóricos ou aplicados, de acordo com suas questões e objetivos de pesquisa. A partir dessa realidade, este simpósio tem por objetivo congregar pesquisadores que discutam o modo como põem diferentes teorias em diálogo e a forma como o fazem, em termos de aspectos epistemológicos, metodológicos e teóricos para atender necessidades vivenciadas em contextos de ensino/aprendizagem de ensino fundamental e médio. Busca-se, especificamente, apresentar trabalhos de diferentes vertentes, ou seja, que utilizam bases teóricas de diferentes correntes e autores que estudam a questão do ensino de línguas com base em gêneros (discursivos ou textuais) no que se refere tanto à produção de texto quanto ao ensino de linguagem e de leitura na Educação Básica. A finalidade maior deste simpósio é suscitar reflexões acerca de práticas educacionais no que tange ao uso de gêneros como objetos de ensino em práticas significativas desenvolvidas em sala de aula.

15. ANÁLISE LINGUÍSTICA: ENTRE A ENUNCIAÇÃO, O FUNCIONALISMO E A PRAGMÁTICA [ON-LINE]

Arielson Tavares (UFPI)
Joelma Pereira Silva (IFMA)

RESUMO: A lingua(gem) é um fenômeno complexo que em sua realização exige bem mais que aprender conceitos, desvendar significados e atribuir sentido. Para Benveniste (1970, p.26), “a linguagem reproduz a realidade. Diante disso, este simpósio objetiva selecionar trabalhos que desenvolvam pesquisas nas áreas da teoria da Linguística da Enunciação, do Funcionalismo e da Pragmática, que contemplem a discussão de seus aspectos teóricos e metodológicos aplicados à descrição e à análise do português. Os estudos da lingua(gem), no âmbito funcionalista, consideram que toda comunicação através de uma língua subjaz um arranjo pragmático. É necessário destacarmos a relevância de Austin (1990, p. 37) para os estudos relacionados à linguagem. Ele apresenta importantes contribuições em relação à visão performativa e pragmática do uso da língua. Essa noção de pragmática diz respeito à organização do discurso e revela que a disposição de um enunciado é motivada parte pelo que o falante quer dizer, parte do que ele entende que o interlocutor precisa entender. Nesse percurso linguístico, podemos caracterizar a enunciação “como este colocar em funcionamento por um ato individual de utilização” (BENVENISTE, 1989, p. 82). Essas teorias se caracterizam por investigar a língua em uso, buscando compreender como os aspectos cognitivos e comunicativos envolvidos na comunicação humana condicionam a organização e o funcionamento da língua. São bem-vindos textos que empreguem essas abordagens em perspectiva sincrônica e/ou diacrônica.

16. LITERATURAS, LÍNGUAS E ENSINOS DO MUNDO IBÉRICO [ON-LINE]

Profª. Drª. Heloísa Reis Curvelo (UFMA)
Prof. Dr. Edimilson Rodrigues (UFMA)
Prof. Me. Tiago De Oliveira Ferreira (UFMA)

RESUMO: As literaturas, do mundo ibérico, constituem um panorama amplo de saberes edificados nos textos/testemunhos como espaço de diálogo e construção de redes de investigações nacionais internacionais, temáticas contemporâneas transversais a várias áreas do conhecimento: arte, performance, cinema, teatro, memórias, testemunhos, triangulações entre teoria e crítica literária, educação, estudos da modernidade cultural, diáspora, literatura e representações, cidades e políticas linguísticas, políticas jurídico, económicas e socioculturais nos espaços caribenhos, ibero-americanos e africanos de expressão oficial portuguesa e hispanófonas. Os estudos transatlânticos e da modernidade cultural são aceitos, neste eixo temático, possibilitando, pois, refletir sobre essas questões no sentido de proposição reflexiva que contribua com a temática, compondo artes da representação e da identidade cultural dos países de língua portuguesa e da américa espanhola como testemunhos que confirmam: “Aquilo de que finalmente me aproprio é uma imposição do mundo. Esta proposição não se encontra atrás do texto, como uma espécie de intenção oculta, mas diante dele, como aquilo que a obra desvenda, descobre, revela. Por conseguinte, compreender é compreender-se diante do texto (...) Só me encontro como leitor, perdendo-me” RICOUER, 1990, pp. 58 e 59), nessa “colonialidade de poder, saber e ser” (QUIJANO, 2000): o texto literário.

17. ESTUDOS DA VARIAÇÃO EM LINGUÍSTICA [ON-LINE]

Prof. Dr. Luís Henrique Serra (UFMA)
Prof. Dr. Wendel Santos (UFMA)

RESUMO: O fenômeno da variação linguística é um tema muito debatido e investigado na história dos estudos linguísticos. Discussões acerca da importância da mudança e/ou da variação linguística têm sido feitas ao longo da história dos estudos sobre a língua e têm proporcionado olhares e alinhamentos teóricos interessantes, fortalecendo e inspirando novas investigações sobre a linguagem de um modo geral. Além do aspecto teórico, é importante observar os aspectos práticos dessas discussões: nos resultados apresentados pelos estudos sobre a variação linguística, importa entender até onde o fenômeno da variação linguística têm nos levado; até onde o impacto desses resultados tem se apresentado e criado políticas públicas de inclusão contra o preconceito e a exclusão social? Cumpre destacar que a variação linguística, para além do campo dos estudos sociolinguísticos, é estudada e debatida em outras áreas do saber linguístico, como a Dialetologia, a Geolinguística, a Lexicologia entre outras, além de outros campos do saber humano, como a Educação e a História. No contexto da importância dos estudos sobre a diversidade em linguística para a sociedade e as diferentes áreas que se interessam pela temática, o objetivo deste simpósio é reunir pesquisas que tratem da temática da variação em linguística nos diferentes níveis de análise da língua, tanto em uma perspectiva teórica quanto aplicada. Dessa forma, são convidados a apresentar propostas de apresentação de trabalho pesquisadores dos diferentes campos da Sociolinguística e demais áreas do conhecimento que têm, na temática da variação linguística, questões que contribuam para a compreensão da realidade linguística das línguas naturais e para as práticas sociais de um modo geral, dentre elas, a escola. O simpósio aceita trabalhos de pesquisadores e discentes de graduação e da pós-graduação que estejam realizando investigações sobre a temática da variação linguística, assim como resultados de pesquisas já finalizadas.

18. PROCESSOS TEXTUAIS E DISCURSIVOS EM TEXTOS ACADÊMICOS [ON-LINE]

Prof. Dr. Herodoto Ezequiel Fonseca da Silva (IFPA/PPGLB-UFMA/CAPES)
Prof. Dr. José Antônio Vieira (UEMA/PPGLB-UFMA)

RESUMO: Este simpósio tem como objetivo congregar trabalhos que tematizam a constituição do texto escrito acadêmico a partir das conjunturas histórica e cultural atuais. Esse simpósio se justifica pela intensa produção de textos no ambiente de instituições de ensino superior, com vistas ao avanço da produção do conhecimento científico. Em se tratando da área de Letras, a análise de textos acadêmicos possibilita compreender como se apresenta essas produções em sua superfície textual e o que se pode dizer sobre a formação do professor de Língua Portuguesa a partir dos temas, objetos e construtos teóricos das pesquisas. Assim sendo, interessa-nos investigações desenvolvidas a partir da análise de gêneros discursivos, como ensaios, artigos científicos, provas escritas, diários de campo e relatórios de estágio, monografias de final de curso (TCCs, dissertações, teses). Quanto ao aspecto teórico, serão bem-vindos trabalhos que mobilizem categorias do campo da enunciação, do texto e do discurso. Perguntas como as seguintes podem contribuir com as discussões no simpósio: Quais processos textuais e discursivos constituem textos acadêmicos da área de Letras? Como acontece o gerenciamento dos discursos de outrem nesses textos? O que é possível afirmar sobre a formação de professores de Língua Portuguesa a partir dos textos produzidos na academia?

19. LÍNGUA, LITERATURA E ENSINO: DA TEORIA ÀS PRÁTICAS, OLHARES QUE SE INTERCRUZAM [ON-LINE] - ESGOTADO

Prof.ª Dr.ª Katia Cilene Ferreira França (UFMA)
Prof.ª Dr.ª Heloísa Reis Curvelo (UFMA)
Prof.ª Dr.ª Maria Aparecida da Silva Miranda (SEEC/RN)

RESUMO: O presente simpósio tem como objetivo suscitar discussões sobre o ensino de língua e literatura, a partir de uma abordagem dialógica e da concepção de linguagem como forma de interação. Objetiva fomentar gestos de leitura sobre práticas pedagógicas de ensino, nesse sentido serão aceitos trabalhos, de ordem teórica e prática, relatos de experiência com reflexões sobre (i) a aula de Português ou de Espanhol como acontecimento discursivo, (ii) o trabalho com metodologias ativas em diferentes espaços de ensino presencial ou virtual, (iii) a gamificação na sala de aula. Este simpósio busca conhecer pesquisas sobre práticas de professores e futuros professores de literatura e língua portuguesa e espanhola, principalmente cenário educacional marcado pelo distanciamento social em que estamos inseridos. Nossa intenção é promover um encontro de pontos de vista, fazer a escuta atenta desses olhares como respostas que motivam novas reflexões.

20. O OBJETO LÍNGUA EM MÚLTIPLAS PRÁTICAS LINGUAGEIRAS [ON-LINE]

Prof. Dr. José Magno de Sousa Vieira (UFMA)

RESUMO: A partir do pressuposto de que algumas premissas do campo dos estudos das ciências da linguagem possibilitam depreender o complexo objeto língua(gem) que, ao dispor de textualidade é passível de interpretação, pode-se postular provisoriamente que uma variedade de recortes desse objeto (cada qual perfurado por uma ancoragem teórica determinante do modo como o objeto de discurso se dá a ler nele), nos seus mais distintos movimentos teórico-analíticos, dizem do modo como os dispositivos desenvolvidos tentam dar conta das “representações” do real da língua. Desse modo, os usos que se fazem da língua – as práticas linguageiras – não escapam da forma material em que se textualiza a história dos sentidos. Nos distintos espaços de dizer (na escola, na rua, no campo, na cidade etc.), em múltiplas possibilidades de textualidade e instrumentalização (o livro didático, o discurso midiático, o discurso literário, uma cerimônia religiosa, etc.) a língua se dispõe, se espraia e se sintetiza. Nesse movimento ela depõe ao olhar atento dos estudiosos da linguagem a possibilidade de recortar-se ao escrutínio da análise linguística nos mais distintos níveis (fonológico, morfológico, sintático, semântico, discursivo etc.). Em todos estes níveis o acontecimento de linguagem se instaura e apresenta-se ao mesmo tempo como inteiro e incompleto. O presente simpósio pretende acolher trabalhos que recortem a língua em seus usos reais e “fotografem” amostras deste objeto em instrumentos linguísticos e em variadas possibilidades de textualidade. O intento desse espaço de reflexão é verticalizar discussões sobre a língua para além das fronteiras epistemológicas das ciências da linguagem, ou seja, perceber nos furos da língua, a possibilidade de descrever e interpretar o fonológico no discursivo, o morfológico no semântico, o sintático no literário etc. Em tais termos os ecos das práticas linguageiras no modo como se recorta a língua em múltiplas facetas possibilita pensar a relação entre os constituintes linguísticos para além das oposições prototípicas do pensamento positivista que vicia os estudos e limita a interpretação dos processos discursivos que nos envolvem em cada ato de linguagem.

21. O LÉXICO E SUAS INTERFACES: ENTRE A TEORIA E A APLICAÇÃO [ON-LINE]

Profa. Dra. Georgiana Márcia de Oliveira Santos (UFMA)
Profa. Dra. Theciana Silva Silveira (UFMA)

RESUMO: Concebendo o léxico como um dos níveis linguísticos que reflete mais amplamente as características de uma sociedade nas suas múltiplas e diversas formas de constituição, de organização, de interação, de percepção de si, de ser e estar no mundo, esse simpósio visa reunir propostas de trabalhos que incitem reflexões teóricas e aplicadas a respeito do léxico tanto em contexto de uso geral quanto de uso especializado. Assim, visa congregar pesquisas que versem sobre as Ciências do Léxico, como a Lexicologia, a Lexicografia, a Terminologia, a Terminografia, a Fraseologia, a Onomástica, Toponímia, entre outras, assim como pesquisas sobre as interfaces existentes entre áreas de estudo do léxico e outras áreas de conhecimento, como a Linguística Aplicada, a Lexicografia Pedagógica,por exemplo. Esses trabalhos poderão ser resultantes de pesquisas realizadas no âmbito da iniciação científica, graduação, mestrado e (pós)doutorado de pesquisadores das diferentes instituições de ensino do Brasil e fora dele que tenham como objeto de estudos teóricos e aplicados sobre o léxico de uso geral ou especializado do português brasileiro ou outras línguas naturais.

22. ANÁLISE DO DISCURSO [ON-LINE]

Prof. Dr. José Antônio Vieira (UEMA/PPGLB-UFMA)
Luciana Martins Arruda

RESUMO: Neste simpósio temos o objetivo de criar um espaço de apresentações que tomam como pressupostos teóricos os estudos discursivos materialistas ligados a Michel Pêcheux, abordando desde sua origem à pressupostos da contemporaneidade. Pretendemos desenvolver um lugar de discussão que contribua com os estudos linguísticos discursivos. Para isso, aceitaremos trabalhos com análises baseadas nas oposições conceituais de: discurso x texto; língua x ideologia, condições de produção, história x memória, interdiscursividade; identidade x alteridade; subjetividade x assujeitamento; ideologia x formação discursiva; e heterogeneidade enunciativa.