LINGUÍSTICA
Luís Henrique Serra
RESUMO: O que ficou conhecido no Brasil como estudos do léxico é um amplo campo de pesquisas que tem realizado um conjunto muito grande de reflexões que contribuem sobremaneira com os diferentes campos do saber, tendo em vista a centralidade do seu objeto: o léxico. Nesse sentido, é possível contar entre esses estudos pesquisas que estão na ordem de trabalhos relacionados com a descrição das línguas, descrição da cultura e modo de pensar da sociedade, a história e a formação dos espaços sociais, além de costumes, crenças e consciência social. Uma outra vertente muito interessante e que também tem sido alvo da atenção dos estudos do léxico é o trabalho com o ensino de língua materna, em que a habilidade comunicativa tem uma centralidade a partir das escolhas e compreensão de um vocabulário rico e que expresse exatamente aquilo que o falante deseja expressar. Nesse interim, o estudo do léxico tendo como foco o ensino também tem problematizado a presença, o uso e a importância do dicionário (escolar ou não) em sala de aula. É importante também destacar, nesse contexto, o ensino de língua estrangeira como um importante âmbito dos estudos do léxico. É imperativo acrescentar nesse destaque os estudos do léxico dos discursos especializados, a partir do trabalho da Terminologia, que tem no léxico um dos seus pontos centrais de estudos. A Terminologia, enquanto área dos estudos linguísticos, tem trazido excelente contribuições para a Linguística e para as diferentes áreas que tem sido descrita pelos estudos Terminológico. Por fim, cumpre acrescentar os estudos da Onomástica (toponímia e a antroponímia), Estudos de Tabu Linguístico, Etnolinguística etc. Como se observa, é vasto o campo dos estudos do léxico e este simpósio busca reunir a diversidade de pesquisas dos estudos do léxico realizadas em nível desde a graduação até estágios de pós-doutorado em que o léxico e interfaces esteja no centro das discussões.
Paulo da Silva Lima (UFMA)
Alex de Castro da Costa (UFMA)
RESUMO: os gêneros discursivos ocupam um lugar central nas reflexões sobre o ensino de línguas e práticas pedagógicas, destacando-se como ferramentas indispensáveis para o desenvolvimento de competências de leitura, escrita e oralidade. Sua relevância e utilização transcendem o ambiente escolar, oferecendo bases teóricas e metodológicas que fomentam práticas significativas tanto no âmbito da educação básica quanto no contexto da formação de professores (formação inicial ou continuada). Assim sendo, dada a importância dos gêneros no espaço educacional/acadêmico, este simpósio tem como objetivo reunir pesquisadores que investiguem os gêneros textuais/discursivos em sua aplicação no ensino de línguas e na formação docente, abordando as múltiplas possibilidades de diálogo entre diferentes teorias e metodologias. Dessa forma, busca-se explorar como o trabalho com gêneros pode promover práticas educacionais que atendam às demandas de ensino-aprendizagem de estudantes da educação básica, ao mesmo tempo em que subsidiam a reflexão e o aprimoramento do agir docente. Ao integrar essas perspectivas, o simpósio pretende apresentar pesquisas e experiências que demonstrem como os gêneros podem ser utilizados para mediar processos educativos transformadores, contribuindo para a construção de práticas pedagógicas mais reflexivas e alinhadas aos desafios contemporâneos. Portanto, o propósito maior é promover um espaço de discussão que fortaleça a articulação docente entre teoria e prática, favorecendo tanto a melhoria da formação quanto o desenvolvimento dos educandos em contextos educacionais diversos.
Katia Cilene Ferreira França (UFMA)
Heloísa Reis Curvelo (UFMA)
Maria Francisca da Silva (UFMA)
Maria Aparecida da Silva Miranda (SEEC-RN)
RESUMO: Este simpósio objetiva ser um lugar de diálogos produtivos sobre a pesquisa voltada para o ensino de língua portuguesa ou de línguas estrangeiras na escola e ainda para a formação do professor de língua. Ensino e formação docente são conceitos que possibilitam uma série de relações, são palavras que carregam muitas possibilidades de compreensão ativa, especialmente quando se refere ao trabalho com a língua. Documentos oficiais estabelecem bases curriculares sobre conteúdos de aprendizagem e metodologias de ensino na escola; pesquisadores desenvolvem estudos e constroem explicações cientificas sobre a língua viva, a aprendizagem e as práticas pedagógicas; mas dúvidas e dificuldades continuam a fazer parte do exercício da docência, ao mesmo tempo que acontecem descobertas significativas sobre o ato de ensinar e aprender a ler, interpretar, escrever e analisar a língua em funcionamento. Falar, ouvir, escrever e ler sobre ensino e formação docente é essencial, nesse sentido convidamos pesquisadores a submeterem suas investigações. Serão aceitos análise de documentos curriculares, relatos de experiência, trabalhos de ordem teórica e prática voltados para o ensino de língua e a formação docente, que ajudem na compreensão do cenário educacional brasileiro e que fortaleçam a produção de conhecimento científico.
Dr. Marcelo Nicomedes dos Reis Silva Filho (UFMA)
Ma. Liliane Luz Alves (UFPB)
Ma. Keyla Lima da Silva (UEMS)
RESUMO: Este simpósio propõe um espaço de reflexão e debate sobre as contribuições da Análise de Discurso de linha francesa, com foco nas vertentes teóricas de Michel Pêcheux e Michel Foucault, abordando especialmente as materialidades discursivas. O objetivo geral é reunir produções acadêmicas que dialoguem com essa tradição teórica, promovendo discussões capazes de apontar inovações e novas perspectivas no campo da análise discursiva. A vertente de Michel Pêcheux, fundada na intersecção entre linguística, psicanálise e marxismo, fornece um arcabouço teórico robusto para compreender a relação entre sujeito, ideologia e discurso. A análise das formações discursivas e a relação de interpelação ideológica do sujeito são elementos centrais para compreender como os sentidos se estabilizam e se deslocam nos discursos. Já a perspectiva foucaultiana, centrada nas relações de poder-saber e nas práticas discursivas, oferece ferramentas teóricas para investigar as condições de possibilidade do discurso, enfatizando a materialidade histórica e institucional que atravessa e constitui as produções discursivas. Com base nesses referenciais, o simpósio busca acolher trabalhos que explorem diferentes materialidades discursivas, como textos, imagens, práticas pedagógicas, performances artísticas e produções midiáticas, entre outras. São bem-vindas análises que investiguem o funcionamento dos discursos em suas dimensões simbólicas, políticas e históricas, bem como pesquisas que lancem novas interpretações teóricas a partir das obras de Pêcheux e Foucault. Autores que dialogam com os fundamentos e desdobramentos dessas duas vertentes, ampliando e reconfigurando suas abordagens, compõem a base teórica das discussões do simpósio. Pretendemos fomentar um ambiente de troca acadêmica produtiva, que promova o entrecruzamento de diferentes perspectivas e campos de aplicação da Análise de Discurso. Ao final, espera-se que as contribuições apresentadas no simpósio não apenas aprofundem o entendimento sobre materialidades discursivas, mas também tragam inovações teóricas e analíticas para o campo, evidenciando sua relevância para a compreensão dos processos socioculturais contemporâneos.
José Magno de Sousa Vieira (CCLB|PPGLB/UFMA)
Neures Batista de Paula Soares (PPGL/UNEMAT)
Edineth Sousa França (SEDUC-MT/UNEMAT)
RESUMO: Compreendemos, pela Análise de Discurso, que a interpretação é materialmente ligada à ideologia, portanto, não é livre de determinação, de modo que não é apenas apreensão do sentido, “[...] a interpretação é necessariamente regulada em suas possiblidades, em suas condições [...], não é qualquer uma e é desigualmente distribuída na formação social” como afirma Orlandi (2015). Assim o presente simpósio propõe acolher pesquisas que, na articulação entre língua, discurso, literatura, educação e etc., recortem a língua em seus múltiplos funcionamentos inscritos em condições de produção de políticas públicas e ou instrumentos normativos, práticas docentes, formação de professores, livros didáticos, discurso fílmico, midiático e outras textualidades cujo objeto central repouse sobre a língua em suas variadas dimensões. A proposta desse espaço de reflexão é verticalizar discussões sobre a língua no entrecruzamento das fronteiras epistemológicas das ciências da linguagem, ou seja, perceber nos furos e na plasticidade da língua, pela interpretação, os efeitos de sentido dados a ler nos equívocos, contradições e rupturas inscritos nos materiais recortados, seja pelo discursivo, fonológico, morfológico, semântico, sintático, literário etc. A questão tensiva do discurso que se aloja na materialidade significante constituída pela língua direciona o olhar interpretativo para os deslocamentos dos sentidos no correr do tempo aparentemente incomplacente e materialmente elástico nos processos discursivos dados a ler. A partir de tal entendimento, a língua, em instância de discurso, será tomada nos recortes trazidos ao debruçamento interpretativo será um guia das discussões e provocações do presente simpósio. Desse modo, o espaço será de discussões que tomem o discurso em seus movimentos e possibilidades de forma material envoltos a tomada de posição dos sujeitos que, pela língua, tecem discursos que circulam em espaços físicos e virtuais por meio de redes como o digital e, em cada lugar de enunciação, fazem a argumentação ser reconfigurada, reformatada, ressignificada na tentativa sempiterna de afetar os sujeitos e estabilizar sentidos.
Mariana Aparecida de Oliveira Ribeiro
RESUMO: Este simpósio visa reunir apresentações de comunicações que problematizem o ensino de Língua Portuguesa. Nesse sentido, interessam os trabalhos que tenham como foco os seguintes temas: a) as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística; b) o trabalho com o livro didático; c) metodologias de ensino de língua portuguesa etc. A partir desses eixos, que desdobram o objetivo do simpósio, pretendemos discutir como tem sido realizado o ensino da língua portuguesa e, consequentemente as concepções teóricas e/ou metodológicas que se têm firmado na escola a partir da formação do professor.
José Magno de Sousa Vieira (UFMA)
RESUMO: Compreendemos, pela Análise de Discurso, que a interpretação é materialmente ligada à ideologia, portanto, não é livre de determinação, de modo que não é apenas apreensão do sentido, “[...] a interpretação é necessariamente regulada em suas possiblidades, em suas condições [...], não é qualquer uma e é desigualmente distribuída na formação social” como afirma Orlandi (2015). Assim o presente simpósio propõe acolher pesquisas que, na articulação entre língua, discurso, literatura e educação, recortem a língua em seus múltiplos funcionamentos inscritos em condições de produção de políticas públicas e ou instrumentos normativos, práticas docentes, formação de professores, livros didáticos, discurso fílmico, midiático e outras textualidades cujo objeto central repouse sobre a língua em suas variadas dimensões. A proposta desse espaço de reflexão é verticalizar discussões sobre a língua no entrecruzamento das fronteiras epistemológicas da ciência da linguagem, ou seja, perceber nos furos e na plasticidade da língua, pela interpretação, os efeitos de sentido dados a ler nos equívocos, contradições e rupturas inscritos nos materiais recortados, seja pelo discursivo, fonológico, morfológico, semântico, sintático, literário etc.
José Antônio Vieira (UEMA-PGLB/UFMA)
Vanessa Fabíola Silva de Faria (UNEMAT)
RESUMO: O simpósio em Análise do Discurso é um espaço de apresentação de trabalhos que problematizem os processos de construção de textos e discursos. Isso compreendendo que primeiro é o resultado de uma ação ou prática social, enquanto o segundo é o produto da atividade discursiva que toma como a produção discursiva e os efeitos de sentido da construção sobre a qual o analista pode buscar, em sua superfície, as marcas que guiam a investigação científica. A ideia é criar espaço para os trabalhos que compreendem toda produção discursiva como uma construção social, refletindo sobre uma visão de mundo vinculada aos pesquisadores filiados às diferentes abordagens dos estudos discursivos que problematizam os sujeitos e a sociedade em que vivem a partir do contexto histórico-social e de suas condições de produção. Serão aceitos trabalhos que mobilizem conceitos provenientes dos campos dos estudos do discurso. Análises que pensem a construção sócio-histórica e política dos processos de significação em diferentes materialidades verbais e não-verbais.
Isael da Silva Sousa (UEMA)
Albano Dalla Pria (UNEMAT)
Maria Auxiliadora Ferreira Lima (UFPI)
RESUMO: Este simpósio buscar reunir trabalhos que apresentem como suporte teórico e metodológico a Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas (TOPE), de Antoine Culioli (1990,1999a, 1999b, 2018) e os seus sequenciadores como, por exemplo, Rezende (2000), Romero (2000), Pria (2009) e Franckel (2011). Para essa teoria a linguagem é compreendida como uma atividade de representação da construção da significação, acessível por meio das sequências textuais que são traços de operações e, desse modo, possui uma natureza indeterminada que permite uma plasticidade no trabalho de construção de representação feito pelos sujeitos enunciadores. Logo, queremos fomentar reflexões acerca da compreensão da atividade de linguagem do sujeito enunciador na construção de valores referencias das unidades linguísticas segundo expedientes teórico e metodológicos fornecidos pela TOPE; promover a divulgação da observação dos modos (processos formais) como as operações da linguagem (formalizáveis) estão sustentando representações estabilizadas (enunciados) das quais a unidade linguística analisada é constitutiva e como é possível passar de uma estabilidade a outra; além de reunirmos trabalhos que discutem um ensino de gramática voltado para a significação do texto, dos enunciados. Afinal, é a significação que está em jogo quando lemos ou produzimos um texto. E a gramática e o léxico constituem o suporte para que a significação se configure, seja construída e reconstruída.